Conscientizar para manter hábitos alimentares saudáveis ​​e evitar o desperdício de alimentos são dois fatores que influenciaram um consumo mais moderado de alimentos e bebidas neste Natal, época em que as vendas recuperaram, ainda que ligeiramente. As principais associações de supermercados e hipermercados coincidem quando se trata de apontar para um ligeiro crescimento em suas vendas nesta temporada e lembram que com um volume populacional estável como a Espanha, os aumentos são produzidos via preço.

< p> Dados da consultoria Nielsen confirmam a tendência: os gastos com cesta de compras cresceram apenas 0,2% em relação à campanha de Natal do ano anterior, embora seus números não incluam Reveillon e Reis, então é previsível que o número suba alguns décimos.Nielsen lembra que já em novembro detectaram que as vendas “ficaram estáveis”, o que já anunciava uma campanha com menor crescimento. Só no Natal os espanhóis gastam cerca de 2.500 milhões de euros, segundo os seus cálculos.

O ligeiro aumento do valor das vendas explica-se, segundo as estatísticas que a Nielsen gere, pelos frescos, que eles têm um preço significativamente mais alto do que o normal. A subida do preço da carne e do peixe tem provocado uma diminuição nas compras destes produtos, ao contrário do aumento das charcutaria, fruta e legumes.Chama a atenção também a queda no valor das vendas de bebidas alcoólicas, espumantes e vinhos, além de patés.

“Neste Natal, em termos de volume de consumo, manteve-se em níveis semelhantes aos de anos atrás anterior “, corrobora um porta-voz da associação patronal Asedas, que agrupa os centros de compras Mercadona, DIA, IFA e Euromadi, e uma dezena de cadeias regionais de supermercados.Nas lojas destes grupos de distribuição, tem-se verificado “uma maior sensibilização do consumidor para a racionalização da compra”, que associam à maior preocupação no combate ao desperdício de alimentos e na manutenção de hábitos de vida saudáveis.

Da ACES, entidade que representa os supermercados Carrefour, Auchan Retail, Supercor, Supercor Exprés, Eroski e Lidl, eles apontam que as datas de Natal estão fechadas “de acordo com as previsões”. “Na alimentação não há grandes surpresas”, sublinha o seu presidente, Aurelio del Pino, que destaca que comparar um ano com o outro não é fácil porque o consumo está condicionado à forma como as férias caem.Em termos gerais, o ACES detecta que algumas tendências estão claramente se consolidando na Espanha, como o aumento dos produtos orgânicos e dos produtos de proximidade, que são valorizados pelo consumidor apesar de seu preço também ser às vezes superior.

Diante de um Natal moderado e sem gastos excessivos, algumas empresas falam de uma campanha “recorde”, como é o caso da Bonpreu, que aponta para um aumento de 12% nas vendas graças ao seu compromisso com frescos e os chamados “alimentos zero quilômetro”.Na mesma linha, a Amazon garantiu esta semana que o seu negócio no segmento alimentar em Espanha disparou nas últimas datas de 2019: o número de clientes do serviço ‘Prime’ aumentou mais de 80% e venderam “dezenas de milhões de artigos “, mais do que o dobro do ano anterior.